sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Krelluthor - Capítulo 0 - A história antes da história

     
O universo é muito grande. Tão grande que não conseguimos mensurar. Diversas galaxias com diversos sistemas com seus próprios sóis. E nós aqui na terra, nada mais somos que um grão de areia nessa imensa praia de planetas e estrelas. E como pensar que diante de tanta imensidão estaríamos sozinhos? Por mais que nossa tecnologia ainda engatinhe rumo a imensidão do universo, isso jamais significaria que não existem outros planetas muito parecidos com o nosso. Aqui falaremos de um em específico... Krelluthor. Muito parecido com a Terra em diversos aspectos. O desenvolvimento em Krelluthor seguiu um caminho um pouco diferente do da Terra. O estudo dos conhecimentos ocultos, e a magia, foi incentivado. E a tecnologia avançou sem maltratar a natureza. Para nós, Krelluthor talvez seja o local onde passado, presente e futuro se misturam.

       Assim como na terra, existe a crença em algo maior. Diferente da terra porém, não existem religiões. O respeito pelo divino conseguiu vencer a ganancia humana de querer tudo para si, até dominar o próprio Divino**, ou "Deus"**, como preferirem. Assim como na terra, para se fazer entender, o poder divino tomou diversas faces. Entendendo as características primordiais que definem a existência de toda criatura pensante, o Divino escolheu 14 indivíduos, e deu a cada um deles uma dessas características, deu também poderes maiores que o de qualquer outro ser de Krelluthor, e os encarregou de, com isso, promoverem o equilíbrio em todo o planeta, ensinando a importância da característica que lhe foi confiada. Por este motivo, estes indivíduos se tornaram uma especie de semideuses para os demais habitantes de Krelluthor, e ficaram conhecidos como "Conselho Divino". Dar estes poderes a seres comuns com suas falhas e instintos porém, pode ter sido um erro. Algo saiu do controle, Ira e Paciência se apaixonaram, e em decorrência disso, tiveram uma filha, a qual nomearam de Judhora. Judhora herdou os poderes dos pais, mas não se poderia saber quanto à índole da menina enquanto ela não estivesse grande o suficiente para demonstra-la. Foi decidido pelo Conselho Divino, que devido à ameaça que ela poderia representar, ela deveria ser sacrificada, pelo bem de Krelluthor e seus habitantes. Seus pais porém, não concordaram com a decisão do Conselho, e fugiram com a menina.

       As buscas pela família foram intensa, até que alguns meses depois da fuga, foram encontrados em uma cabana a oeste de Galtran. A Paciência implorou que não matassem a menina, então a Temperança sugeriu que os poderes de Judhora fossem drenados. Era uma ação arriscada, que poderia causar a morte não só de Judhora, quanto dos envolvidos no processo. Os pais de Judhora se propuseram a fazer eles mesmos a drenagem, assim não colocariam outros em risco. Os preparativos foram feitos com cautela, cada elemento, cada palavra, qualquer imperfeição poderia resultar em um erro fatal, e eles sabiam disso. O processo foi finalizado com sucesso, o poder drenado deu origem a uma esfera densa, de tons de violeta cintilantes até o preto profundo. Era uma joia linda, única e poderosa, que ficou conhecida como Pedra de Judhora. No mesmo instante era possível ver a cobiça nos olhos de alguns dos membros do Conselho, pois é sabido que as pedras que carregam poderes, podem emprestar seu poder a qualquer um que as tenha em mãos, e essa, de fato, era a pedra mais poderosa daquele mundo. Por esse motivo, ela seria guardada na fortaleza de Eldor, e selada em uma câmara por todos os membros do Conselho, para que não fosse tirada de lá.

       Cerca de 11 anos depois, o selo foi quebrado, e a câmara invadida. Ao perceberem a violação do selo, os guardiões da fortaleza correram até a câmara. Na correria, a pedra escapou da mão do ladrão e caiu se quebrando em quatro partes, que rolaram penhasco abaixo. O ladrão conseguiu escapar. Ele usava um capuz que cobria seu rosto, e ocultava algumas características físicas, o que impediu que se soubesse quem ele era. Os fragmentos da pedra ainda estão perdidos, muitos acreditam que pessoas que sabiam da confusão e das características da pedra, ao encontrarem algum dos fragmentos os guardou pra so, mas 6 anos depois, nada ainda foi encontrado além de pistas pouco confiáveis.

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**Quis definir a força divina como algo não palpável, não um individuo, como pareceria se colocasse como "Deus".

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